Compostos Aromáticos

Michael Faraday em 1825 descobre um novo hidrocarboneto, que foi denominado de "bicarbureto de hidrogênio" e atualmente é chamado de benzeno. Faraday isolou o benzeno pela compressão do gás de iluminação, obtido pela pirólise do óleo de baleia.

Em 1834, o químico alemão Eilhardt Mitscherlich sintetizou o benzeno pelo aquecimento de ácido benzóico com o óxido de cálcio. Este cientista provou também que o benzeno tinha a fórmula C6H6.

C6H5CO2H + CaO à C6H6 + CaCO3

A fórmula descrita para o benzeno levou a muitos a suspeita que sua estrutura possuia muitas insaturações, esta era uma fórmula que até então não havia sido vista, pois possui o mesmo número de carbono e de hidrogênio. Eles viram também o grande índice de deficiência do composto, essas eram algumas das características que eles visualizavam no benzeno e não conseguiam colocá-lo em nenhuma classificação já existente, sendo necessário uma nova classificação, ou seja seria necessário uma nova classe de compostos para abrigar o benzeno e outros compostos com propriedades parecidas com as do benzeno.

No final do século XIX, a teoria da valência de Kekulé-Couper foi aplicada a todos os compostos orgânicos que até então se conhecia. Essa aplicação levou a separação dos compostos em duas categorias: os compostos alifáticos e os aromáticos, sendo incluídos na categoria dos alifáticos, os compostos que tinham comportamento semelhantes ao das gorduras, (do grego aleiphar, graxa). À categoria dos aromáticos seriam inseridos os compostos com baixa razão entre hidrogênio e carbono e que fossem também "odoroso". Os compostos aromáticos que eram obtidos, eram na maioria, compostos extraídos de bálsamos, de resinas ou óleos essenciais, entre eles o benzaldeído – extraído do óleo de amêndoas amargas, o ácido benzoíco – da goma de benjoim e o tolueno – extraído do bálsamo de tolu.

A série dos compostos aromáticos foi iniciada pela classificação do benzeno como um composto do tipo aromático, sendo esta nova série classificada como aromática, mas não só pelos odores, mas posteriormente esta classificação tomou um caráter puramente químico.

Hoje, já se conhece inúmeros compostos aromáticos, entre eles, compostos derivados do benzeno, tal como o tolueno, a anilina, o fenol, o naftaleno, o antraceno entre vários compostos existentes, mas no entanto, não só existem compostos derivados do benzeno que são aromáticos, existem outros, tal como o pirrol, o tiofeno e outros, sendo necessário a existência de ligação duplas conjugadas para que o composto seja um possível aromático.

Por Miguel

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